quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Tempos Dificeis

Realmente as coisas por aqui não estavam nada faceis !!
Chegou a hora de parar, pensar e agir ...
Deixei de lado coisas importantes mas que já não me traziam alegria e abri novos caminhos ... e fiz novas escolhas ...
Agora esta tudo melhor ...
Jah consigo respirar aliviada !

Ufaaaa

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Ensaio Sobre a Cegueira

Ok. Eu sei bem que não tenho a mínima vocação para critica de filmes (e nem é essa minha intenção aqui), talvez por minha visão simplista e um tanto quanto superficial, mas diante desse filme eu não vou me calar.
Simplesmente um dos melhores que eu já vi (e olha que foram muitos), mas se me perguntassem se o teria visto caso soubesse como era, eu diria – Não!
O filme realmente é muito forte para mim, e se não fosse o namorado estar ao lado eu não teria agüentado ver até o fim.
Sei que sou muito emotiva, mas duvido que alguém naquela sala (lotada) de cinema não derrubou pelo menos uma lagrima, ou ao menos ficou seriamente angustiado e pensativo.
Simplesmente fenomenal.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Huahau

Achei isso no minimo engraçado !!
Huahau

Objetivando economizar tempo na leitura de diversos livros de grande importância na literatura mundial, segue um breve resumo de algumas dessas grandes obras.

1) Leon Tolstoi: Guerra e Paz. Paris, Ed. Chartreuse. 1200 páginas.
Resumo: Um rapaz não quer ir à guerra por estar apaixonado e porisso Napoleão invade Moscou. A mocinha casa-se com outro.Fim.

2) Marcel Proust: La recherche du temps perdu. (Em Busca do TempoPerdido). Paris, Gallimard. 1922. 1600 páginas.
Resumo: Um rapaz asmático sofre de insônia porque a mãe não lhe dáum beijinho de boa-noite. No dia seguinte (pág. 486. vol. I), come umbolo e escreve um livro. Nessa noite (pág. 1344, vol.VI) tem um ataquede asma porque a namorada (ou namorado?) se recusa a dar-lhe unsbeijinhos. Tudo termina num baile (vol. VII) onde estão todos muitovelhinhos - e pronto.Fim.

3) Luí­s de Camões: Os Lusí­adas. Editora Lusitania.
Resumo: Um poeta com insônia decide encher o saco do rei e contar-lheuma história de marinheiros que, depois de alguns problemas (logoresolvidos por uma deusa super-gente- fina), ganham a maior boa vidanuma ilha cheia de mulheres gostosas.Fim.

4) Gustave Flaubert: Madame Bovary. 778 páginas.
Resumo: Uma dona de casa mete o chifre no marido e transa com opadeiro, o leiteiro, o carteiro, o homem do boteco, o dono da merceariae um vizinho cheio da grana. Depois entra em depressão, envenena-se emorre.Fim.

5) William Shakespeare: Romeo and Juliet. Londres, Oxford Press.
Resumo: Dois adolescentes doidinhos se apaixonam, mas as famí­liasproí­bem o namoro, as duas turmas saem na porrada, uma briga danada,muita gente se machuca. Então um padre tem uma idéia idiota e os doismorrem depois de beber veneno, pensando que era soní­fero.Fim.

6) William Shakespeare: Hamlet. Londres, Oxford Press.
Resumo: Um prí­ncipe com insônia passeia pelas muralhas do castelo,quando o fantasma do pai lhe diz que foi morto pelo tio que dorme com a mãe, cujo homem de confiança é o pai da namorada, que entretanto sesuicida ao saber que o prí­ncipe matou o seu pai para se vingar do tioque tinha matado o pai do seu namorado e dormia com a mãe. O prí­ncipe mata o tio que dorme com a mãe, depois de falar com uma caveira e morre assassinado pelo irmão da namorada, a mesma que era doida e que tinha se suicidado.Fim.

7) Sófocles: "Édipo-Rei" - tragédia grega. Várias edições.
Resumo: Maluco tira uma onda, não ouve o que um ceguinho lhe diz eacaba matando o pai, comendo a mãe e furando os olhos. Por conta disso,séculos depois, surge a psicanálise que, enquanto mostra que você vaipelo mesmo caminho, lhe arranca os olhos da cara em cada consulta.Fim.

8) William Shakespeare: Othelo
Resumo: Um rei otário, tremendo zé-ruela, tem um amigo muito fdpque só pensa em fazê-lo de bobo. O tal "amigo" não ganha um cargo nogoverno e resolve se vingar do rei, convencendo- o de que a rainha estádando pra outro. O zé-mané acredita e mata a rainha. Depois descobreque não era corno, mas apenas muito burro por ter acreditado no traí­ra. Prende o cara e fica chorando sozinho.Fim.

Você economizou a leitura de pelo menos 7.000 páginas !!!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Nossos Velhos

Esse texto dela ... Martha Medeiros... me emocionou de verdade ! E me fez pensar em 1001 comisas que eu faço de errado !
Vale a pena !

Nossos Velhos
Pais heróis e mães heroínas do lar. Passamos boa parte da nossa existência cultivando estes estereótipos.
Até que um dia o pai herói começa a passar o tempo todo sentado, resmunga baixinho e puxa uns assuntos sem pé nem cabeça.
A heroína do lar começa a ter dificuldade de concluir as frases e dá de implicar com a empregada.
O que papai e mamãe fizeram para caducar de uma hora para outra?
Envelheceram….
Nossos pais envelhecem.
Ninguém havia nos preparado pra isso.
Um belo dia eles perdem o garbo, ficam mais vulneráveis e adquirem umas manias bobas.
Estão cansados de cuidar dos outros e de servir de exemplo: agora chegou a vez deles serem cuidados e mimados por nós, nem que pra isso recorram a uma chantagenzinha emocional.
Têm muita quilometragem rodada e sabem tudo, e o que não sabem eles inventam.
Não fazem mais planos a longo prazo, agora dedicam-se a pequenas aventuras, como comer escondido tudo o que o médico proibiu.
Estão com manchas na pele.
Ficam tristes de repente.
Mas não estão caducos: caducos ficam os filhos, que relutam em aceitar o ciclo da vida.
É complicado aceitar que nossos heróis e heroínas já não estão no controle da situação.
Estão frágeis e um pouco esquecidos, têm este direito, mas seguimos exigindo deles a energia de uma usina.
Não admitimos suas fraquezas, seu desânimo.
Ficamos irritados e alguns chegam a gritar se eles se atrapalham com o celular ou outro equipamento e ainda não temos paciência para ouvir pela milésima vez a mesma história que contam como se acabassem de tê-la vivido.

Em vez de aceitarmos com serenidade o fato de que as pessoas adotam um ritmo mais lento com o passar dos anos, simplesmente ficamos irritados por eles terem traído nossa confiança, a confiança de que seriam indestrutíveis como os super-heróis.
Provocamos discussões inúteis e os enervamos com nossa insistência para que tudo siga como sempre foi.
Essa nossa intolerância só pode ser medo. Medo de perdê-los, e medo de perdermos a nós mesmos, medo de também deixarmos de ser lúcidos e joviais.
Com todas as nossas irritações, só provocamos mais tristeza àqueles que um dia só procuraram nos dar alegrias.
Por que não conseguimos ser um pouco do que eles foram para nós? Quantas noites estes heróis e heroínas passaram ao lado de nossa cama, medicando, cuidando e medindo febres !!
E nós ficamos irritados quando eles esquecem de tomar seus remédios, e ao brigar com eles, os deixamos chorando, tal qual crianças que fomos um dia.
É uma enrascada essa tal de passagem do tempo.
Nos ensinam a tirar proveito de cada etapa da vida, mas é difícil aceitar as etapas dos outros…
Ainda mais quando os outros são nossos alicerces, aqueles para quem sempre podíamos voltar e sabíamos que estariam com seus braços abertos, e que agora estão dando sinais de que um dia irão partir sem nós.
Façamos por eles hoje o melhor, o máximo que pudermos, para que amanhã quando eles já não estiverem mais aqui conosco possamos lembrar deles com carinho, de seus sorrisos de alegria e não das lágrimas de tristeza que eles tenham derramado por nossa causa.
Afinal, nossos heróis de ontem… serão nossos heróis eternamente

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Infinita Highway

" (...)Estamos sós e nenhum de nós sabe exatamente onde vai parar
Mas não precisamos saber pra onde vamos, nós só precisamos ir
Não queremos ter o que não temos... nós só queremos viver
Sem motivos, nem objetivos, estamos vivos e isso é tudo ... "

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Zica !!

Ja faz algum tempo que a minha saúde anda me pregando umas ... mas essa foi a gota d'agua viu !
To precisando me benzer urgente !!
Esse ano ja tive predra nos rins ... depois o estomago e fiquei dias só tomando liquido, passando mal e etc ... agora que estava melho disso tudo e super feliz da vida, me deparo na manhã de sabado com um olho mais vermelho que o o outro !!! Pensei ... "Deve ser uma conjutivite de nada ... " ... vou ao oftalmologista e qual não é a minha surpresa ao descobrir uma ulcera de córnea !!!
Agora é tratar direitinho porque a médica disse que é perigoso !
Fala sério neh !! O que foi que eu fiz ??

Alguém ai conhece uma boa benzedeira por esses lados ??

terça-feira, 19 de agosto de 2008

O Livro


Não sei se já havia comentado aqui, mas sou uma leitora compulsiva. Leio tudo que chega em minhas mãos, livros, revistas, textos, quadrinhos etc .
Amo, principalmente, os livros... Para mim eles têm uma certa magia... O livro antigo pra mim, guarda um pouquinho de cada um que o leu e de cada emoção que despertou...
Bom... Fato é que peguei o livro “Cidade do Sol - Khaled Hosseini” emprestado e fiquei fascinada... Estou na metade do livro e achando o maximo!!
E por um motivo básico... Esse foi o primeiro livro que me fez chorar!!! E por ser o primeiro vai ser mais difícil de esquecer do que qualquer outro.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Intimidade


Houve um tempo, crianças, em que a gente não falava de sexo como quem fala de um pedaço de torta. Ninguém dizia Fulano comeu Beltrana, assim, com essa vulgaridade. Nada disso. Fulano tinha dormido com ela. Era este o verbo. O que os dois tinham feito antes de dormir, ou ao acordar, ficava subentendido. A informação era esta, dormiram juntos, ponto. Mesmo que eles não tivessem pregado o olho nem por um instante.

Lembrei desta expressão ao assistir Encontros e Desencontros. No filme, Bill Murray e Scarlett Johansson fazem o papel de dois americanos que hospedam-se no mesmo hotel em Tóquio e têm em comum a insônia e o estranhamento: estão perdidos no fuso horário, na cultura, no idioma, e precisando com urgência encontrar a si mesmos. Cruzam-se no bar. Gostam-se. Ajudam-se. E acabam dormindo juntos. Dormindo mesmo. Zzzzzzzzzzz.

A cena mostra ambos deitados na mesma cama, vestidos, conversando, quando começam a apagar lentamente, vencidos pelo cansaço. Antes de sucumbir ao mundo dos sonhos, ele ainda tem o impulso de tocar nela, que está ao seu lado, em posição fetal. Pousa, então, a mão no pé dela, que está descalço. E assim ficam os dois, de olhos fechados, capturados pelo sono, numa intimidade raramente mostrada no cinema.

Hoje, se você perguntar para qualquer pré-adolescente o que significa se divertir, ele dirá que é beijar muito. Fazer campeonato de quem pega mais. Beijar quatro, sete, treze. Quebram o próprio recorde e voltam pra casa sentindo um vazio estúpido, porque continuam sem a menor idéia do que seja um encontro de verdade, reconhecer-se em outra pessoa, amar alguém instintivamente, sem planejamento. Estão todos perdidos em Tóquio.

Intimidade é coisa rara e prescinde de instruções. As revistas podem até fazer testes do tipo: “descubra se vocês são íntimos, marque um xis na resposta certa”, mas nem perca seu tempo, a intimidade não se presta a fórmulas, não está relacionada a tempo de convívio, é muito mais uma comunhão instantânea e inexplicável. Intimidade é você se sentir tão à vontade com outra pessoa como se estivesse sozinho. É não precisar contemporizar, atuar, seduzir. É conseguir ir pra cama sem escovar os dentes, é esquecer de fechar as janelas, é compartilhar com alguém um estado de inconsciência. Dormir juntos é muito mais íntimo que sexo.


quinta-feira, 17 de julho de 2008

Tempo

Nossa e esse tempo seco na capital de São Paulo ????
Não consigo dormir direito, minha garganta esta ruim e meus olhos secos !!
Po São Pedro, mando uma chuvinha ai pra gente !!
Eu li qua a humidade relativado ar abaixo de 30 já é estado de atenção ... mas aqui estamos em 13 % !! Ta dificil de aguentar viu !!!
Acho que só fazendo dança da chuva !

Huahuahua

Alguémtem uma diquinha para os meus problemas respiratórios ??

terça-feira, 15 de julho de 2008

Sumida

Ando sumida daqui porque ando com a cabeça meio vazia. Não consigo escrever nada, mal consigo me comunicar ...

Venho ao trabalho pq é o que me sustenta ... vou pra casa por que é pra lá que eu tenho que voltar ! Mas a vontade, de verdade, era de não sair da cama pela manhã e não falar com ninguém o resto do dia !

Acho que to numa faze de reciclagem de ideias, uma fase pra coloca-las no lugar ... To dando ferias pra minha mente !!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Capital Inicial - Algum Dia


Ninguém nunca te disse
Como ser tão imperfeito
Você tem tão pouca chance
De alcançar o seu destino
É fácil fazer parte
De um mundo tão pequeno
Onde amigos invisíveis
Nunca ligam outra vez

Talvez até porque
Ninguém ligue pra você

Se você quer
Que eu feche os olhos
Pra alguém que foi viver
Algum dia lá fora
E nesse dia
Se o mundo acabar
Não vou ligar
Pra aquilo que eu não fiz


Faz muito pouco tempo
Aprendi a aceitar
Quem é dono da verdade
Não é dono de ninguém
Só não se esqueça que atrás
Do veneno das palavras
Sobra só o desespero
De ver tudo mudar


Há vida lá fora
Vida lá fora
Há vida lá fora
Vida lá fora

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Segundo a Wikipédia (e o meu médico tbém) o meu tormento de sempre e de hoje, pra variar, é esse ai :

A enxaqueca é uma condição clínica configurada por vários graus de dores internas na cabeça. Por vezes uma dor no pescoço ou na zona cervical é também interpretada como enxaqueca. A enxaqueca resulta da pressão exercida por vasos sanguíneos dilatados no tecido nervoso cerebral subjacente. O tratamento da enxaqueca envolve normalmente drogas vaso-constritoras para aliviar esta pressão. No entanto, esta medicamentação pode causar efeitos secundários no sistema circulatório e é desaconselhada a pessoas com problemas cardiológicos. O termo cefaléia é também utilizado para designar qualquer dor de cabeça, podendo, no entanto, ser uma enxaqueca ou não (de facto, por vezes, a cefaléia ou dor de cabeça pode não ser uma doença mas um sintoma de outra, como um tumor cerebral, uma meningite, um derrame cerebral ou sinusite aguda, por exemplo).

terça-feira, 1 de julho de 2008

segunda-feira, 30 de junho de 2008

???



Se fosse feita uma enquete nas ruas com a pergunta: "Você tem a vida que pediu a Deus?", a maioria responderia com um sonoro "quá quá quá".
Lógico que alguém desempregado, doente ou que tenha sido vítima de uma tragédia pessoal não estará muito entusiasmado. Mas mesmo os que teriam motivos para estar (aqueles que possuem emprego, saúde e alguma relação afetiva, que é considerada a tríade da felicidade) também não têm achado muita graça na vida.
O mundo é habitado por pessoas frustradas com o próprio trabalho, pessoas que não estão satisfeitas com o relacionamento que construíram, pessoas saudosas de velhos amores, pessoas que gostariam de estar morando em outro lugar, pessoas que se julgam injustiçadas pelo destino, pessoas que não agüentam mais viver com o dinheiro contado, pessoas que gostariam de ter uma vida social mais agitada, pessoas que prefeririam ter um corpo mais em forma, enfim, os exemplos se amontoam.
Se formos espiar pelo buraco da fechadura de cada um, descobriremos que estão todos relativamente bem, mas poderiam estar melhor.
Por que não estão?,
Ora, a culpa é do governo, do papa, da sociedade, do capitalismo, da mídia, do inferno zodiacal, dos carboidratos, dos hormônios e demais bodes expiatórios dos nossos infernizantes dilemas. A culpa é de tudo e de todos, menos nossa.
Um amigo meu, psiquiatra, costuma dizer uma frase atordoante. Ele acredita que todas as pessoas possuem a vida que desejam. Podem até não estar satisfeitas, mas vivem exatamente do jeito que acham que devem. Ninguém as força a nada, nem o governo, nem o Papa, nem a mídia. A gente tem a vida que pediu, sim.
Se ela não está boa, quem nos impede de buscar outras opções?Quase subo pelas paredes quando entro neste papo com ele porque respeito muito as fraquezas humanas. Sei como é difícil interromper uma trajetória de anos e arriscar-se no desconhecido. Reconheço os diversos fatores - família, amigos, opinião alheia - que nos conduzem ao acomodamento.
Por outro lado, sei que este meu amigo está certo. Somos os roteiristas da nossa própria história, podemos dar o final que quisermos para nossas cenas. Mas temos que querer de verdade. Querer pra valer. É este o esforço que nos falta.
A mulher que diz que adoraria se separar mas não o faz por causa dos filhos, no fundo não quer se separar. O homem que diz que adoraria ganhar a vida em outra atividade, mas já não é jovem para experimentar, no fundo não quer tentar mais nada.
É lá no fundo que estão as razões verdadeiras que levam as pessoas a mudarem ou a manterem as coisas como estão. É lá no fundo que os desejos e as necessidades se confrontam. Em vez de nos queixarmos, ganharíamos mais se nadássemos até lá embaixo para trazer a verdade à tona. E então deixar de sofrer.


Martha Medeiros

segunda-feira, 23 de junho de 2008

E um dia você aprende que ...


Depois de algum tempo você aprende a sutil diferença entre segurar uma mão e acorrentar uma alma ...
E você aprende que amar não significa apoiar-see companhia não quer sempre dizer segurança, e você começa a aprender que beijos não são contratose presentes não são promessas.
E você começa a aceitar suas derrotas com sua cabeça erguida e seus olhos adiante,com a graça de adulto, não a tristeza de uma criança.
E você aprende a construir todas as estradas hojeporque o terreno de amanhã é demasiado incerto para planos,e futuro tem costume de cair em meio do vôo.
E depois de um tempo você aprendeque até mesmo a luz do sol queima se você ficar exposto por muito tempo.
Então você planta seu próprio jardim e enfeita sua própria alma,ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que você realmente pode resistir...que você realmente é forte e que você realmente tem valor
E você aprende e aprende...com cada adeus, você aprende.


Veronica A. Shoffstall

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Razões que o Amor Desconhece

Ahhhh o Dia dos Namorados, adoro muito. Dia de ganhar presentes, jantar fora e ganhar muitos beijos !! E para comemorar ai vem mais um texto da Martha Medeiros, alias, um dos meus preferidos.

P.S. Amooor ... Eu te amoooo


" Você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes do Woody Allen, do Hal Hartley e do Tarantino, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem o seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar.
Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettuccine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo.
Com um currículo desses, criatura, por que diabo está sem namorado?...

Ah, o amor, essa raposa.
Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.Costuma ser despertado mais pelas flechas do Cupido do que por uma ficha limpa.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai ligar e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário,ele adora o Planet Hemp, que você não suporta.
Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado, mas você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, ele adora animais, ele escreve poemas. Por que você ama esse cara?
Não pergunte pra mim.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu,
você deu flores que ela deixou murchar,você levou-a para conhecer sua mãe e ela foi de blusa transparente. Você gosta de rock e ela de MPB, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano-Novo, nem no ódio vocês combinam.
Então?
Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, beijo dela é mais viciante que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você.

Isso tem nome.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano.
Isso são referências, só. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo o que o amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó. Mas só o seu amor consegue ser do jeito que ele é. "

(Martha Medeiros)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Sono



" Tudo o que dorme é criança de novo. Talvez porque no sono não se possa fazer mal, e se não dá conta da vida, o maior criminoso, o mais fechado egoísta é sagrado, por uma magia natural, enquanto dorme. Entre matar quem dorme e matar uma criança não conheço diferença que se sinta. "
Fernando Pessoa

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Sexta - Feira

Agora sim é sexta, fim de semana chegando pra o merecido descanço !! E como ja dizia uma musiquinha sertaneja que muito me agrada ...

"Hoje é sexta-feira
Dia de "bebemorar"
Cair na gandaia
Não ver a noite passar
Sábado cerveja, um churrasco
E a galera me espera
Desce uma, duas, três
Quem ficar embriagado
Paga seis..."

E lá vamos nós ! Rsrsrs

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Crônica de um amor anunciado

E ai vem mais uma da Martha Medeiros, por que eu sou muito fã dela !
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Toda pessoa apaixonada é um publicitário em potencial. Não anuncia cigarros, hidratantes ou máquinas de lavar, mas anuncia seu amor, como se vivê-lo em segredo diminuísse sua intensidade.
O hábito começa na escola. O caderno abarrotado de regras gramaticais, fórmulas matemáticas e lições de geografia, e lá, na última página, centenas de corações desenhados com caneta vermelha. Parece aula de ciências, mas é introdução à publicidade. Em breve se estará desenhando corações em árvores, escrevendo atrás da porta do banheiro e grafitando a parede do corredor: Suzana ama João.
A partir de uma certa idade, a veia publicitária vai tornando-se mais discreta. Já não anunciamos nossa paixão em muros e bancos de jardim. Dispensa-se a mídia de massa e parte-se para o telemarketing. Contamos por telefone mesmo, para um público selecionado, as últimas notícias da nossa vida afetiva. Mas alguns não resistem em seguir propagando com alarde o seu amor. Colocam anúncios de verdade no jornal, geralmente nos classificados: Kika, te amo. Beto, volta pra mim. Everaldo, não me deixe por essa loira de farmácia. Joana, foi bom pra você também?
O grau máximo de profissionalismo é atingido quando o apaixonado manda colocar sua mensagem num outdoor em frente a casa da pessoa amada. O recado é para ela, mas a cidade inteira fica sabendo que alguém está tentando recuperar seu amor. Em grau menor de assiduidade, há casos em que apaixonados mandam despejar de um helicóptero pétalas de rosas no endereço do namorado, ou gastam uma fortuna para que a fumaça de um avião desenhe as iniciais do casal no céu. A criatividade dos amantes é infinita.
O amor é uma coisa íntima, mas todos nós temos a necessidade de torná-lo público. É a nossa vitória contra a solidão. Assim como as torcidas de futebol comemoram seus títulos com buzinaços, foguetório e cantorias, queremos também alardear nossa conquista pessoal, dividir a alegria de ter alguém que faz nosso coração bater mais forte. É por isso que, mesmo não sendo adepta do estardalhaço, me consterno por aqueles que amam escondido, amam em silêncio, amam clandestinamente. Mesmo que funcione como fetiche, priva o prazer de ter um amor compartilhado.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Você é


Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra.

Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora.

Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda.

Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima.

Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia.

Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Minha própria companhia


Estou na quinta esquina de lugar nenhum,
Sem muita certeza de onde devo ir ...
Talvez pudesse escolher alguns caminhos, ou apenas um,
Mas nem isso ...
Aonde essa estrada da vida me leva ?
Será que realmente chegarei em algum lugar ?
De tantas escolhas a fazer, sinto-me sem escolha de escolher que não quero nada.
Só quero continuar aqui em lugar algum,
Sem destino, sem rumo
Sem certezas e nem verdades,
Apenas em minha própria companhia.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Será ?

Se eu fizesse um filme, qual seria o gênero?
Romance...drama...terror...
Cada dia aprendo um pouco mais sobre a relatividade de Eistein...nem tudo tem a verdadeira importância que damos...e isso vale para pessoas, objetos e fatos...O grande problema das pessoas é que não conseguem ver cicatrizes nos outros, mesmo sabendo que elas doem em dia de chuva...as pessoas querem criar novas feridas...parece que tem algo insaciável dentro delas querendo nos ver pensar e sofrer...e isso vale até mesmo para aquelas pessoas que dizem que nos amam e que, penso eu, realmente nos amam...
Na verdade, acredito que isso seja da natureza do homem...tentamos incansavelmente diminuir o nosso sofrimento...mesmo que para isso precisemos causar o sofrimento maior na pessoa que dizemos que amamos...E nós, quando leio este tipo de coisa, cuspida e escarrada na minha cara, fico a me perguntar: "será que eu sou assim?"

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Os dois lados

" Tenho juizo, mas não faço tudo certo, afinal todo paraíso precisa de um pouco de inferno! "

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Doi Sim !


Ouvi dizer por ai que crescer não doi ...
Crescer doi SIM ... e doi muito !
Da uma saudade enorme de quando os nossos problemas eram bem menores do que a gente ... e não como agora que é só dar um mole que eles te engolem !
Da saudade de quando tudo o que precisava era do carinho da mamãe, desenho na tv e cereal estrelitas ....
E agora conforme a vida vai passando ... você vai supermercado correndo, por que precisa fazer mais um zilhão de coisas, e vê o bendito cereal na prateleira, fica tentada a comprar para ver se volta um minutinho no tempo, confere o dinheiro e ... droga, preciso guardar pra pagar o busão ... Ai você para e lembra de outras tantas coisas que queria fazer e que não pode, não deve, não tem como ...
Não Não Não ... só isso que se ouve quando se cresce ? ...
Cara ! crescer doi pra p.... e por que ninguém me disse antes ???
Por que ninguém avisou que seria tão complicado ... ?

Ah ! o coração ...


Acho uma pena que falar em coração tenha se tornado uma coisa tão antiga.
Mas o fato é que tornou-se.
Coração dilacerado, coração em pedaços, coração na mão…Sentimos tudo isso, mas a verbalização soa piegas.E, no entanto, estamos falando dele, do nosso órgão mais vital, do nosso armazenador de emoções, do mais forte opositor do cérebro, este sim, em fase de grande prestígio.
O que está em alta?
Inteligência, raciocínio, lógica, perspicácia!Gostamos de pessoas que pensam rápido, que são coerentes, que evoluem, que fazem os outros rirem com suas ironias e comentários espertos.
Toda essa eficiência só corre risco de desandar quando entra em cena o inimigo número 1 do cérebro: o coração.
É o coração que faz com que uma super mulher independente derrame baldes de lágrimas por causa de uma discussão com o namorado.
É o coração que faz com que o empresário que precisa enxugar a folha de pagamento relute em demitir um pai de família.
É o coração que faz com que todos tremam seus queixinhos quando o Faustão põe no ar o quadro arquivo confidencial!
Eu gostaria que o coração fosse reabilitado, que a simples menção dessa palavranão sugerisse sentimentalismo barato, mas para isso é preciso tratá-lo com omesmo respeito com que tratamos o cérebro, e com a mesma economia.
Se a expressão “beijo no coração” é considerada “over ", voltemos a ser simples.Mandemos beijos e abraços sem determinar onde; quem os receber, tratará de senti-los no local adequado.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Curriculum vitae


Eu já dei risada até a barriga doer, já nadei até perder o folego, já chorei até dormir e acordei com o rosto desfigurado.Já fiz cosquinha no meu irmão, pra ver se ele me desculpava, já me queimei brincando com vela.

Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxa.

Já quis ser atriz, violinista, dançarina e trapezista.

Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés de fora, já passei trote por telefone, já tomei banho de chuva, e acabei me viciando.Já roubei beijo, já fiz confissões antes de dormir num quarto escuro para minha melhor amiga.

Já confundi sentimentos, peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.

Já raspei o fundo da panela de brigadeiro, já me cortei depilando a perna, já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais dificeis de se esquecer.

Já subi escondida no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda. Conheci a morte de perto, e agora anseio por viver cada dia.

Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no dia seguinte.

Já saí pra caminhar sem rumo, sem nada na cabeça, ouvindo estrelas. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei sozinho no meio de mil pessoas, sentidno falta de uma só.

Já vi pôr-do-Sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir formentes os meus lábios, já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.

Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar. Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num jardim.

Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um "para sempre" pela metade.

Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.

Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.E agora um formulário me interroga, me encosta da parede e grita:

"- Qual a sua experiência ?" Essa pergunta ecoa no meu cérebro: "- experiência....experiência..." Será que ser "plantador de sorrisos" é uma boa experiência ?

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Ai ai ai

Eu tinha um texto ótimo para postar hoje ... Sobre uma discução que tivemos ontem em sala de aula sobre o preconceito racial, cotas em faculdades para negros e etc ...
Massss ....
To com muita dor pra conseguir escrever algo coerente se é que vocês me entendem ...
Pedra nos rins ... to pra descobrir dor pior !
Bom vou voltar pra minha caminha e meu buscopan ! rsrs ( Humor negro ! rsrs )
Amanhã tem mais ... e sem dor eu espero !

Abraço

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Eu sei, mas não devia



Eu sei que a gente se acostuma.
Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora.

A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.

Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida.

Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.
Marina Colasan

terça-feira, 13 de maio de 2008

Já vi isso antes

Déjà vu... Eu já tive um blog antes, mas as recordações não são das melhores ... Na verdade uma pagina pessoal demais para estar na internet ... Mas como sou muito teimosa aqui tem outra coisa pessoal demais !!
Voltando a ser blogueira ... que lindo ...
Cada volta é um recomeço ... e convenhamos, é disso que a vida é feita !!